Amália Max: uma artista em preto e branco

Amália Max: uma artista em preto e branco

Na última quarta-´feira, aconteceu o lançamento do catálogo e exposição de obras da artista e escritora Amália Max.

Amália Max Buss (1929-2014) nasceu e viveu em Ponta Grossa-PR. Foi atriz de radionovela e radialista, apresentando programas direcionado ao público feminino em emissoras AM de Ponta Grossa na década de 1960. Atuou como assessora cultural da Associação dos Militares da Reserva e também colaborou com mais de cem publicações em revistas e jornais nacionais e internacionais. Professora, pintora e trovadora, integrou instituições de Ponta Grossa, como a Sociedade de Artistas Plásticos e Artesãos, a Sociedade Filatélica Pontagrossense, o Cultural Templo de Arte, a Academia de Letras dos Campos Gerais, sendo fundadora da Cadeira nº 13. Também foi membro da União Brasileira de Trovadores (UBT), que presidiu por trinta anos em nível municipal e estadual; da Academia de Letras José de Alencar; do Centro de Letras do Paraná; do Centro Cultural Euclides da Cunha; e da Casa de Juvenal Galeno – Ala Feminina. Participou de diversos Jogos Florais e concursos e foi premiada em mais de centenas deles. Em 1986, o Colégio Estadual 31 de Março nomeou sua biblioteca de Biblioteca Poetisa Amália Max em homenagem à escritora.  

Sua filha, Sueli Maria Buss Fernandes, idealizadora do projeto de exposição e catálogo,  é cronista, escritora e trovadora, membro da UBT (União Brasileira de Trovadores). O primeiro livro (2019) foi o Aconteceu comigo, narrativas de viagens e o segundo, de crônicas, Um mergulho no avesso(2021). De uma forma muito sensível e cuidadosa, hoje, Sueli realiza o sonho de apresentar à sociedade a obra de Amália Max. A generosidade em compartilhar com amigos, familiares e autoridades, uma das mais expressivas coleções em preto e branco. Uma noite que marcará a história das artes visuais na cultura pontagrossense.

De acordo com a produtora executiva da exposição e curadora Rafaela Prestes: "Reconhecida no campo da literatura, Amália Max agora ganha uma nova dimensão: a artista visual que deixou em seus traços a memória de uma época.  Com sua partida em 2014, suas produções artísticas ficaram sob guarda de sua filha, Sueli Fernandes, que neste momento percebe a necessidade de compartilhá-las com a sociedade. São 40 obras visuais inéditas da artista reunidas neste catálogo. Produções de valor histórico e cultural para o cenário das Artes Visuais de Ponta Grossa que vêm à tona como possibilidade de fruição estética e também como rica fonte de pesquisa cultural. De 1967 a 1997, Amália foi atuante nas experimentações visuais, criando e significando artisticamente o seu mundo. São temáticas e contextos que nos trazem reflexões e relações. Portanto, te convido a imaginar as narrativas por detrás de cada desenho de Amália, alguns deles com mais de 50 anos de história. E, claro, construir suas próprias impressões."

A exposição acontece na PROEX: pró-reitoria de extensão e assuntos culturais, 

Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, 129 – ao lado da Catedral

Visitação: até 28/06 (segunda a sexta, das 8h às 12h – 13h30 às 17h30)

Entrada: gratuita

 

As imagens desta postagem são de Eduardo Godoy.

 

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